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Saúde mental. Guia gratuito ensina a gerir emoções

A ansiedade e a depressão são as perturbações mentais com maior incidência em todo o mundo. Portugal não é exceção. Para as combater, a Fundação José Neves, sediada no Porto, lançou um documento digital que reúne estratégias essenciais e exercícios práticos para uma vida melhor.



À semelhança do que se tem vindo a verificar um pouco por todo o mundo, a saúde mental dos portugueses também se agravou desde o início da pandemia de covid-19, que chegou oficialmente a Portugal em março de 2020. Cerca de um quinto da população nacional apresenta atualmente problemas psicológicos. A ansiedade e a depressão são as perturbações mentais com maior incidência. Estão, no entanto, longe de serem as únicas, como confirma a nova publicação digital lançada pela Fundação José Neves.


Disponível online, o "Guia para o desenvolvimento pessoal: Como investires no teu bem-estar?", que também pode ser descarregado gratuitamente e impresso em papel, reúne uma série de estratégias essenciais e de exercícios práticos que ensinam a lidar com as emoções que nos envolvem de forma (mais) simples e saudável. Para além de recomendações, o documento apresenta plataformas de apoio e ferramentas úteis para a autoidentificação dos problemas mentais mais comuns nos tempos que correm.


"Desvalorizamos frequentemente a saúde mental e o bem-estar. Pensamos que o sucesso profissional trará automaticamente dinheiro. Acreditamos que não temos tempo para cuidar de nós. Mas a verdade é que o bem-estar é necessário para conseguirmos construir um futuro sólido e sustentável, com melhor saúde física e mental", assegura, no entanto, o guia, da autoria de Pedro Morgado e Patrícia S. Coelho, dois investigadores da Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga. A preocupação impõe-se.


Portugal é o segundo país da Europa com maior prevalência de doenças psiquiátricas. Segundo os cientistas, um em cada cinco portugueses sofre de, pelo menos, uma perturbação mental. Depois das doenças cardiovasculares, que representam 14% das patologias totais, os problemas do foro psicológico são os mais comuns, afetando atualmente 12% dos cidadãos nacionais. "Este guia não substitui, a necessidade de um acompanhamento ou auxílio técnico e especializado", alertam, no entanto.

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