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Ponto A (só) foi descoberto há 25 anos

Também designado AFE, sigla de anterior fórnix erótico, começou a entrar no léxico dos sexólogos apenas a partir de 1997. Substancialmente menos conhecido do que o famoso ponto G, continua, no entanto, a dividir especialistas um pouco por todo o mundo duas décadas e meio depois.



Foi mencionado pela primeira vez em em 1953 mas o termo só se começou a generalizar há 40 anos, em 1982, após a publicação do livro "The G-spot: And other discoveries about human sexuality", escrito a seis mãos pelos especialistas Alice Ladas, Beverly Whipple e John D. Perry. Também conhecido como ponto de Gräfenberg, em homenagem ao ginecologista e fisiologista alemão Ernst Gräfenberg, descreve uma zona erógena da vagina que, quando estimulada, tende a gerar elevados níveis de excitação sexual.


Esses episódios terminam, muitas vezes, com orgasmos intensos e, nalguns casos, um episódio de ejaculação feminina. O famoso ponto G está, por norma, localizado entre 5,1 a 7,6 centímetros acima da parte frontal da parede vaginal, entre a abertura vaginal e o canal da uretra. 5,08 centímetros acima está o ponto A, descoberto pela física de origem asiática Chua Chee Ann, em 1997. A mulher que primeiro o divulgou publicamente foi, no entanto, a sexóloga norte-americana Barbara Keesling, num livro sobre sexualidade em 1998.


Também conhecido como AFE, sigla de anterior fórnix erótico, duas décadas e meio depois ainda divide especialistas em todo o mundo, tal como sucede com o ponto G, que ainda tem nos dias de hoje uma corrente de negacionistas. Muitos dos sexólogos que o reconhecem chamam-lhe a próstata feminina, uma vez que se situa sensivelmente na área ocupada por este órgão no aparelho reprodutor masculino. Nem todas as mulheres o têm, apenas as cisgénero, uma situação que tem levado muitos a negar a sua existência.


Um estudo científico realizado em 1997 pelo médico e investigador malaio Chua Chee Ann identificou-o nesse segmento da população feminina. Esta tese está, contudo, longe de ser consensual na comunidade científica internacional, à semelhança do que também sucede com o ponto G. "Nenhuma estrutura clitoriana interna é igual, pelo que o ponto A pode estar num local diferente", esclarece, todavia, a norte-americana Alicia Sinclair, uma educadora sexual certificada que criou uma empresa de brinquedos sexuais.


O que fazer para o estimular


É preciso explorar o corpo feminino. A melhor forma de o encontrar é identificar o ponto G através de um processo de exploração manual. Insira delicadamente o dedo indicador entre dois a cinco centímetros dentro da vagina e, de seguida, curve o dedo para cima em direção ao umbigo. Se sentir um pedaço de tecido esponjoso do tamanho de uma noz, chegou lá. A partir daqui, empurre para dentro da vagina mais cinco a sete centímetros. Mova o dedo com um gesto leve, semelhante ao das escovas dos para-brisas dos carros.


Se encontrar uma zona mais sensível logo a seguir, é porque atingiu o seu ponto A. Em muitos casos, as mulheres não têm os dedos suficientemente compridos para chegar lá, pelo que se recomenda a utilização de um brinquedo sexual comprido e pontiagudo, com um mínimo de 12,7 centímetros, para tirar (ainda) maior partido desta zona erógena feminina. "Todos os corpos são diferentes, pelo que não se deve sentir menos normal por não o conseguir identificar ou não o ter", refere, contudo, Alicia Sinclair.


A posição de missionário levantado, em que a mulher se deita de costas com uma almofada no fim das costas a elevar-lhe o rabo, com homem por cima dela, é, a par da posição de quatro, uma das que melhor permite atingir o ponto A, de acordo com os especialistas, embora encontre na galeria de imagens que se segue outras que também o possibilitem. As posições em que o homem fica deitado de barriga para cima com a mulher por cima também são, segundo muitos sexólogos, uma forma efetiva de o estimular.


Por ser uma zona sensível e de grande irrigação sanguínea, este ritual de autodescoberta exige, todavia, precauções. No processo exploratório manual, as mãos devem estar sempre lavadas e/ou desinfetadas para não transportarem vírus e bactérias para o interior da vagina nem afetarem a mucosa vaginal. As unhas também devem estar cortadas, para não arranharem nem fazerem ferida(s) durante as movimentações. Os brinquedos sexuais também devem estar limpos e desinfetados. Nunca use objetos pontiagudos.

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