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Naufrágio épico de volta aos cinemas

Vinte e cinco anos após a estreia europeia, "Titanic" regressa ao grande ecrã por tempo limitado. Protagonizado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, continua a ser um dos filmes mais rentáveis de sempre. A longa-metragem, um dos maiores sucessos de James Cameron, ainda esconde muitos segredos.




Há 25 anos, estreava com pompa e circunstância no continente europeu e agora, para assinalar a efeméride, regressa aos cinemas, por tempo limitado, a partir desta quinta-feira, dia 9. Protagonizado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, "Titanic", um dos maiores sucessos de bilheteira do realizador James Cameron, foi exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Tóquio, no Japão, a 1 de novembro de 1997. Às salas dos EUA, chegaria em dezembro e, a Portugal, a 16 de janeiro do ano seguinte.


Agora disponível numa versão remasterizada em 3D 4K HDR, aquele ainda é atualmente o terceiro filme com maiores receitas a nível mundial continua a despertar (muitas) paixões, também por culpa da(s) polémica(s) e das curiosidades e dos segredos que (ainda) esconde. Muitos espetadores criticam a opção técnica do argumentista não ter salvo um dos protagonistas no final. No documentário "Titanic: 25 years later", James Cameron viu-se obrigado a justificar-se publicamente. São também dele as mãos que se veem.


Durante as gravações da cena em que a personagem de Leonardo DiCaprio, Jack Dawson, se agarra desesperadamente a um pedaço de madeira que flutua, que, descobriu-se agora, não é uma porta, o ator não conseguia acertar nas marcações e, para não perder mais tempo, o realizador chegou-se à frente. Como é canhoto, a cena teve de ser invertida na pós-produção da película. Essa é, todavia, apenas uma das muitas curiosidades do filme. O final de "Titanic" chegou a ter outa versão, descartada à última hora.


Kate Winslet foi a atriz escolhida para interpretar a personagem Rose DeWitt Bukater, a protagonista feminina, mas os nomes de Gwyneth Paltrow, Winona Ryder, Claire Danes, Gabrielle Anwar e Reese Witherspoon também chegaram a estar em cima da mesa. Para o principal papel masculino, chegaram a ser considerados outros atores. Matthew McConaughey, Chris O'Donnell, Billy Crudup e Stephen Dorff foram, na altura, os mais falados. Tom Cruise também se chegou à frente mas pediu muito dinheiro.


James Cameron chegou a convidar Jared Leto mas o ator recusou-se a fazer uma audição. Jeremy Sisto também foi testado mas acabaria por ser descartado. Na fase de produção do filme, houve outros nomes envolvidos. Nem todos ficaram. Céline Dion também esteve perto de saltar for. A cantora não queria cantar a canção principal da banda sonora, "My heart will go on", que viria a tornar-se num dos seus maiores êxitos. Depois do marido e agente, René Angelil, a ter convencido, acabaria por gravá-la de uma só vez.


Para concretizar a película, a Paramount Pictures e a 20th Century Fox adquiriram 40 hectares de costa numa região litoral do México. Foi lá que foi construído o estúdio que serviu de cenário principal à produção. O navio naufragado foi reconstruído à escala real. Uma das primeiras cenas a ser gravada pelos dois atores foi aquela em que Jack Dawson desenha Rose DeWitt Bukater nua a carvão, apenas por uma questão de conveniência, uma vez que os cenários da embarcação ainda não tinham sido concluídos.

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