De acordo com um novo estudo espanhol, divulgado pela revista científica Nature Communications, a substância presente na popular bebida, também fortalece o organismo. "Até agora, estas propriedades não eram conhecidas", garante Pablo Fernández Marcos, coordenador da investigação.
É a primeira vez que um estudo científico alerta para a importância da harmalina, uma molécula da família das betacarbolinas. De acordo com uma nova investigação do IMDEA Alimentación, Instituto Madrileño de Estudios Avanzados en Alimentación, desenvolvida em parceria com o Instituto de Investigación Sanitaria INCLIVA de Valencia, em Espanha, este componente químico presente no café tem o poder de prevenir o envelhecimento, garante um artigo publicado na última edição da revista científica Nature Communications.
Segundo os investigadores, esta molécula gera um estado moderado de stresse, semelhante ao que o organismo segrega durante a prática de exercício físico e as dietas de restrição calórica, que acelera o metabolismo, torna as células mais fortes e reduz a estados de fragilidade. "Até agora, estas propriedades [da harmalina] não eram conhecidas, o que significa que, em termos de benefícios dos componentes químicos, ainda há muita coisa por descobrir", garante Pablo Fernández Marcos, coordenador da investigação.
Numa primeira fase, os testes laboratoriais foram apenas feitos em moscas e minhocas e só depois a harmalina foi testada em ratos. Foi durante as experiências com os mamíferos que se descobriu que também combate a diabetes e reduz a fragilidade muscular, muito comum em pessoas idosas. Os testes em seres humanos ainda não têm data prevista. "Ainda há muito para estudar", avisa Pablo Fernández Marcos. Além dos grãos de café, a molécula também está presente nalgumas carnes, nalguns peixes e ainda nalguns cereais.
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