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Ingerir (mais) salmão previne a depressão e não só

São vários científicos os estudos que o garantem. Uma alimentação rica em ácidos gordos como o ómega-3 pode evitar as alterações fisiológicas e comportamentais que este problema de saúde, que afeta milhões em todo o mundo, causa. Mas esta substância tem ainda outros benefícios para o organismo.



Uma dieta alimentar pobre em ácidos gordos ómega-3 pode contribuir para o desenvolvimento efetivo de alterações comportamentais, como a depressão. São várias as investigações científicas que o atestam. Há muito que estas substâncias têm sido associadas a este fenómeno. Os autores de um estudo, realizado com ratos e publicado depois online na publicação especializada Nature Neuroscience, conseguiram, pela primeira vez, durante a década de 2010, provas biológicas que atestam essa ligação.


Os autores desta investigação internacional alertaram na altura, que seriam, todavia, necessários mais estudos para aprofundar essa correlação. Esse não é, no entanto, o único trabalho científico a defender essa tese. François Lespérance, enquanto chefe do Departamento de Psiquiatria do Centro Hospitalar da Universidade de Montreal, no Canadá, também apurou que 55% dos elementos da amostra que analisou registaram menores níveis de ansiedade no fim do estudo.


Depois de aumentar a ingestão de salmão e de outros ingredientes ricos em ómega-3, os cientistas constataram que esta substância desempenha um papel primordial nas células nervosas do organismo, melhorando efetivamente o seu funcionamento. A equipa de François Lespérance apresenta-a mesmo como uma alternativa complementar aos fármacos antidepressivos. Uma investigação de um instituto australiano, realizada e publicada posteriormente, também corrobora esta tese.


As outras coisas a que o salmão faz bem


Em 2014, o Institute of Food, Brain and Behaviour defendeu, todavia, que os benefícios antidepressivos da ingestão de salmão e de outros alimentos ricos em ómega-3 se restringiam apenas à mulher, não beneficiando o homem a esse nível. Mais recentemente, o World Journal of Psychiatry divulgou um estudo da Universidade de Toronto que recomenda a ingestão de (mais) salmão para prevenir a depressão, apesar de indicar que o melhor alimento de origem animal para o fazer é a ostra.


Independentemente da sua condição física e psicológica, mesmo que não sofra de tendências depressivas, deve procurar incluir este peixe regularmente na sua alimentação, uma vez que é rico em ácidos gordos que também fortalecem a saúde cardiovascular, controlam os níveis de colesterol, facilitam a digestão e aumentam a capacidade do corpo para queimar gordura. Além disso, o salmão é também uma boa fonte de vitaminas A, B12, D e E, de ácido fólico, de cálcio e ainda de selénio.

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