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Para onde (não) viajar em cada um dos meses

Já a pensar nas próximas férias? Se tem o hábito de planear os seus dias de descanso com muita antecedência, saiba quais são os países e as cidades que deve visitar ou evitar ao longo do ano. Descubra também os principais cuidados a ter durante a estadia e previna-se antes de embarcar.



Se está a pensar ir apanhar um pouco de sol a Cabo Verde em fevereiro ou ao Brasil em agosto, é melhor rever os seus planos, porque essa viagem não é a mais recomendada para essa altura do ano. A temperatura ainda não é aquela que provavelmente ambiciona e é capaz de se dececionar. Pela mesma ordem de ideias, esqueça também Moscovo ou o México em outubro. As condições climatéricas não são as melhores. Por muita vontade que tenha de ir lá, nem todas as épocas são boas para (re)visitar o seu destino de sonho.


Assim, há que perceber de antemão quais os locais a privilegiar ou a evitar em determinadas alturas do ano. Para que possa ver algumas das mais fantásticas paisagens do mundo na altura certa, rentabilizando a diversão e o seu investimento e poupando-se a dissabores, elaborámos-lhe um roteiro para os 12 meses do ano, para que possa programar atempadamente as suas férias. Para lhe facilitar ainda mais a vida, incorporámos-lhe algumas recomendações de viagem que vão tornar a(s) sua(s) estadia(s) mais prazerosas.


Janeiro


Miami, nos Estados Unidos da América (EUA), está em alta logo no início do ano, pelo que esta é uma das melhores alturas para visitar este destino turístico que tem vindo a atrair muitos portugueses. Os visitantes do norte do país invadem a cidade, os bares e os restaurantes enchem-se de animação e, para além disso, realizam-se ainda eventos como o Art Deco Weekend, um festival com um mercado de arte, espetáculos, exposições e iniciativas gratuitas, um acontecimento que traz (ainda) mais dinamismo a esta urbe.


O Panamá e a Costa Rica, na América Central, são outras hipóteses a considerar naquelas que são as primeiras semanas do ano. Esta é, segundo os mais entendidos, uma boa altura para se deslumbrar com a beleza selvagem do seu litoral. Aproveite para nadar com os golfinhos, uma atividade muito popular entre os turistas que visitam esta zona. Mali, em África, é outra das possibilidades a ponderar. Agora que a época das chuvas terminou, Djenne, a cidade com a maior mesquita do mundo muçulmano, fervilha de animação.


À exceção de Miami, deve ter cuidado com as doenças motivadas pela ingestão de água e pelo consumo de alimentos locais. Vacine-se contra a febre tifoide, a hepatite A e a febre amarela antes de viajar para o Mali. Leve repelente de insetos para se proteger das doenças por mosquitos, como é o caso da malária no Mali e nalgumas zonas do Panamá e da Costa Rica e do dengue no Panamá e na Costa Rica. O Canadá e o Alasca, nos EUA, frios, cinzentos e em estado de congelação emotiva, são destinos a evitar nesta altura do ano.


Fevereiro


Este é um bom mês para rumar em direção a Buenos Aires, capital da Argentina, um dos populares destinos da América do Sul. Tango, praia, gente bonita, gastronomia, arquitetura e muitos mercados de rua são alguns dos principais atrativos. Apesar de ser fascinante em todas as alturas do ano, a cidade tem um encanto especial. Belize, na América Central, também é uma boa opção para este mês. Mais tranquilo do que os restantes vizinhos das Caraíbas mas não menos interessante, convida ao lazer e à evasão neste período do ano.


Podem não ser a opção mais imediata mas as ilhas Canárias, em Espanha, merecem uma visita nesta altura. Pela temperatura amena e pela folia no Carnaval de Santa Cruz, um dos eventos culturais que mais as dinamiza nesta altura. A Argentina e as Canárias não exigem precauções anormais mas o Belize obriga a cuidados redobrados com as doenças provocadas pela ingestão de água, pelo consumo de alimentos e pelas picadas de mosquitos, na origem de patologias como o dengue e a malária. Por isso, previna-se.


Antes de ir, vacine-se contra a febre tifoide e a hepatite A e, na bagagem, leve um agasalho para a noite, sobretudo se for para as regiões interiores do Belize. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, dois dos destinos de África que têm vindo a atrair um número crescente de visitantes nas últimas décadas, devem ser excluídos das suas opções de férias nessa época do ano. A pouca animação e a menor oferta de programas turísticos tornam estes destinos menos interessantes nesta altura. A não ser que procure mesmo descansar, evite-os.


Março


Este é um bom mês para ir ao Peru, na América do Sul. Por norma, tende a haver menos confusão para visitar as ruínas de Machu Picchu, o que facilita as deslocações. A vegetação envolvente também está mais verde, o que torna a paisagem mais bela e acaba por ser uma vantagem. Outra opção é considerar é a Cidade do Cabo, na África do Sul. Diversidade incomparável e paisagens deslumbrantes com a chegada da primavera é o que esta urbe cosmopolita propõe. Se esta cidade lhe desperta curiosidade, esta é uma boa altura para ir.


As doenças motivadas pela ingestão de águas e de alimentos locais ou derivadas das picadas de mosquito implicam uma vigilância acrescida nesta e noutras alturas, uma vez que ainda existe malária na zona amazónica do Peru. Nas semanas antes de embarcar, não se esqueça de agendar atempadamente a consulta de medicina do viajante. Vacine-se contra a febre tifoide e a hepatite A e, se for para a zona amazónica do país, contra a febre amarela. Na Cidade do Cabo, por razões de segurança, não se afaste das rotas mais turísticas.


Por muito que a ideia de agitar as ancas no Sambódromo do Marquês de Sapucaí lhe agrade, o Rio de Janeiro, no Brasil, está longe de ser um dos destinos mais encantadores nesta época do ano. A violência aumenta no período do Carnaval e o número de assaltos também. Se, ainda assim, insistir muito em visitar este destino nesta altura do ano, opte por outras paragens mais tranquilas e sedutoras, como Pipa, um paraíso ecológico localizada a cerca de 80 quilómetros de Natal. Com sorte, ainda consegue nadar com golfinhos na praia.


Abril


Paris e Nice, em França, são duas cidades europeias a (re)visitar nesta altura do ano. Frescas como um requintado e exclusivo perfume gaulês em plena primavera, estas urbes animadas, cosmopolitas e sedutoras, pedem para ser tranquilamente percorridas a pé nos dias em que a chuva dá tréguas. Em alternativa, pode viajar para as idílicas ilhas Fiji, no Pacífico Sul. Preços mais baixos e águas atraentes, quentes, transparentes e serenas fazem destas ilhas um verdadeiro paraíso na terra. Flórida, nos EUA, é outra das opções que pode considerar.


Neste período, os dias começam a aquecer, as praias enchem-se de conchas e os preços ainda não inflacionaram, o que acaba por lhe gerar uma folga orçamental que pode aproveitar para compras e/ou experiências. Quioto, no Japão, também tem outro encanto nesta altura. As ruas e as praças cobrem-se de flores para receber o famoso festival de jardins da cidade, um evento que anualmente atrai multidões a este destino nipónico. Não deixe de ir ao bairro das gueixas, ao mercado Nishiki e à floresta de bambu de Arashiyama.


Não há nenhuns cuidados a ter em particular nestes destinos, à exceção das ilhas Fiji, onde podem ocorrer doenças motivadas por águas impróprias para consumo humano e alimentos mal lavados, preparados ou confecionados . Roma e Florença, em Itália, são duas cidades a evitar no quarto mês do ano. Multidões e cappuccinos com o preço inflacionado de uma mala Gucci ou de uma carteira Prada tornam-nas menos apelativas, tal como também sucede com Veneza, outra cidade a excluir da lista. Em alternativa, opte por Siena ou Bari.


Maio


Luxor e Alexandria, no Egito, são duas cidades que vale a pena visitar em maio. Estão novamente na moda. Apesar de ter um novo museu, o Cairo perdeu algum protagonismo. Tornou-se numa cidade menos segura do que era há uns anos. Depois de um período difícil, estas duas urbes recuperaram algum do glamour antigo. Neste mês, a temperatura está mais amena. Este também é um bom mês para ir à Indonésia, no Sudeste Asiático. A lua cheia confere outro brilho aos templos e realizam-se eventos que atraem multidões a Java.


Essas são apenas duas das muitas razões que tornam a Indonésia ainda mais sedutora nesta altura. Istambul, na Turquia, é outra hipótese a valorizar. Em maio, ainda não tem as enchentes de turistas do verão e há menos filas à entrada dos muitos museus e monumentos que esta imponente cidade que faz a ponte entre dois continentes tem para ver. Aproveite as esplanadas para saborear um café turco ou um delicioso pudim de arroz. Não se deixe enganar pelo aspeto. Depois de provar um, não vai querer outra coisa!


Para além das doenças causadas por águas e alimentos nestes três países, também é necessário precaver-se dos mosquitos se visitar as zonas rurais da Indonésia, onde a malária e o dengue continuam a preocupar as autoridades sanitárias. Antes de ir, vacine-se contra a febre tifoide e a hepatite A. Entre os destinos a evitar no quinto mês do ano está a Tunísia, uma das joias do Norte de África. Nesta altura, a temperatura instável, as marés vivas e a pouca animação tornam este destino menos interessante, apesar dos preços mais baixos.


Junho


Este é um bom mês para ir às Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas. Não existem multidões de turistas de máquina fotográfica, telemóvel ou selfie sticks em punho, as praias estão desertas e as condições atmosféricas favorecem a prática de mergulho, uma atividade que encanta milhares. Perfeito, não? Mais perto, tem a Eslovénia, um dos países do Leste Europeu. Não tem a confusão da vizinha Croácia e a temperatura é muito convidativa nesta altura do ano. Esta também é uma boa altura para ir a Jerusalém e a Telavive, em Israel.


Únicos e (quase) mágicos, dourados pelo tempo e pela polémica, os principais monumentos religiosos destas duas cidades continuam a atrair anualmente milhões de turistas. Deixe-se perder nas ruas antigas e aproveite para visitar mercados e estabelecimentos comerciais ancestrais. Nas Ilhas Virgens Britânicas, as doenças causadas por águas e alimentos exigem precauções. Em Israel, a insegurança é o problema maior. Mais perto, Madrid e Barcelona são de evitar. Os saldos transformam as ruas comerciais num inferno de sacos ambulantes.


Julho


As ilhas Galápagos, no Equador, estão no máximo do seu esplendor nesta época do ano. Se tem a pretensão de visitar este local, aproveite. Esta é uma boa altura para lá ir. Em julho, avistam-se facilmente baleias a passear com as crias e os promontórios acolhem o regresso dos pássaros migratórios. Este é também um bom mês para dar um salto a São Francisco e/ou a San Diego, nos EUA. O ambiente fervilhante nestas cidades satélites da cultura cool e liberal é um dos atrativos a considerar para eleger o sétimo mês do ano para voar até lá.


Nas ilhas Galápagos, precavina-se para evitar doenças provocadas pela ingestão de águas poluídas ou contaminadas e alimentos mal lavados, preparados ou confecionados. Casablanca, em Marrocos, é um dos destinos a evitar nesta altura do ano. Tórrida e poeirenta, a cidade que ficou imortalizada num emblemático filme de Hollywood com o mesmo nome não é das mais convidativas nesta altura, tal como a vizinha Rabat. Se faz questão de visitar este país africano, fuja mais para sul, para as bandas de Essaouira.


Agosto


Madagáscar e Bali, na Indonésia, são destinos a visitar numa altura em que Portugal se enche de romarias de norte a sul. Paisagens de sonho, dias soalheiros e noites amenas em bares de rua e esplanadas de praia é o que prometem estas paragens. Um verdadeiro sonho, não? Saint-Tropez em França e Monte Carlo no Mónaco também merecem uma visita nesta altura do ano. O melhor window shopping faz-se lá e, por esta altura, começam os saldos. Depois de ver as montras, delicie-se com um copo de vinho numa esplanada.


Vacine-se contra a febre tifoide e a hepatite A se for para Madagáscar ou para Bali. As doenças provocadas pelo consumo de água e de alimentos mal higienizados apelam a cautelas redobradas, assim como as picadas de malária em Madagáscar e nas ilhas à volta de Bali. Neste destino turístico da Indonésia, o dengue também preocupa. Em contrapartida, o deserto do Namibe, em África, é de evitar neste mês. A não ser que consiga andar com uma piscina transportável atrás, risque já este destino dos seus planos.


Setembro


Los Roques, na Venezuela, é um dos destinos recomendados para este mês, sobretudo para os mais aventureiros. Praias de areia fina quase desertas e um sol a brilhar numa imensidão de azul a perder de vista são dois dos atrativos. Na Europa, considere a Costa Amalfitana, em Itália. As invasões de turistas ainda não terminaram mas já acalmaram. O trânsito melhora e as localidades costeiras transpiram beleza e serenidade. Tenha cuidado com as doenças causadas por águas e alimentos se decidir partir rumo a Los Roques, na Venezuela.


Veneza e Trieste, em Itália, são duas das cidades europeias a evitar naquele que é o nono mês do ano, um mês que muitos portugueses elegem para umas férias revigorantes no estrangeiro. Repletas de turistas a aproveitar as promoções de fim de estação, são de fugir nesta altura. Não são, no entanto, as únicas. Roma, Florença, Milão, Nápoles, Bolonha, Siena e até Pisa veem o número de visitantes aumentar consideravelmente nesta altura do calendário, o que torna estas cidades (ainda) mais confusas, sobretudo nos dias de calor.


Outubro


As ilhas Seicheles, no Oceano Índico, fazem sonhar o ano inteiro mas esta é uma das melhores alturas para voar até lá. O exotismo dos eventos que se realizam na capital, Mahé, é imperdível. As próprias extensões de terra rodeadas de mar têm paisagens de sonho, daquelas que ilustram catálogos de viagem e que fazem sonhar em qualquer época. A Croácia, no Leste Europeu, é outra possibilidade a considerar no décimo mês. O cheiro a lavanda invade os campos e a temperatura convida a passeios nas cidades medievais.


Estocolmo e Uppsala, na Suécia, são outras das alternativas a ponderar neste período. Irreverentes, belas, altivas e repletas de segredos por desvendar, surpreendem e cativam os que as visitam. O único inconveniente são os preços, altos em qualquer época do ano. Nas Seicheles, é necessário ter cuidado com as águas que bebe e os alimentos que ingere. Moscovo, na Rússia, cara como sempre e com o cinzento da poluição permanente, é de evitar nesta altura, apesar dos preços dos voos estarem habitualmente mais convidativos.


Novembro


O penúltimo mês do ano é perfeito para viajar até Zanzibar, na Tanzânia, terra de sol e calor, de verde e especiarias. Sente-se o perfume irresistível da canela e dos cominhos no ar mas tudo neste destino paradisíaco respira sonho. Não admira por isso que sejam tantos a querer visitá-lo. As ilhas Andamão e Nicobar, na Índia, também se perfilam sedutoras e (muito) apelativas numa altura em que as temperaturas por cá começam a baixar. As praias de um mar azul que apelam a mergulhos retemperadores são uma das principais atrações.


Esta também é uma boa altura para ir até à África do Sul. A época das chuvas já terminou. Os campos enchem-se de verde e de flores, convidando a passeios relaxantes. As doenças causadas por mosquitos, a malária em Zanzibar, nas ilhas Andaman e Nicobar e no Kruger Park na África do Sul e o dengue nas ilhas Andamão e Nicobar, obrigam, todavia, a cuidados e proteção. As doenças causadas pela ingestão de águas e de alimentos impróprios também exigem precauções. Antes de ir, vacine-se contra a febre tifoide e a hepatite A.


No caso de ir para Zanzibar, vacine-se também contra a febre amarela, como certamente também lhe vão recomendar durante a consulta do viajante, uma consulta especializada que deverá sempre fazer antes de qualquer viagem para destinos mais exóticos, mais afastados e/ou menos desenvolvidos e que deverá agendar atempadamente. Nesta altura do ano, evite embarcar para Lima e/ou Cusco, no Peru. Além de recomeçarem as enchentes de turistas e os tempos de espera nos monumentos, os preços também tendem a aumentar.


Dezembro


Troque o frio português pelo calor da Nova Zelândia, na região sudoeste do oceano Pacífico. A vegetação é inebriante nesta altura do ano. Se gosta de emoções fortes, as ilhas Bay são o paraíso do bungee jumping. Edimburgo e Loch Lomond, na Escócia, são outros destinos a considerar no último mês do ano. O passado e a modernidade convivem tranquilamente nestas paragens, com o Natal a trazer animação acrescida. O (muito) frio escocês requer agasalhos à altura para prevenir o perigo de gripes e de constipações.


Pelo sim, pelo não, leve uns rebuçados mentolados ou umas pastilhas para a garganta na mala. Se é fã de mercados de Natal, o de Francoforte, o de Bona e o de Colónia, na Alemanha, merecem uma visita, tal como o de Budapeste na Hungria e o de Colmar em França. Oslo, na Noruega, é um dos destinos que muitos agentes de viagem desaconselham no último mês do ano. Se não é fã de desportos radicais, esqueça as aulas de patinagem artística gratuitas que o simples gesto de andar nas ruas lhe proporciona!

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