São, desde há muito, símbolos desta quadra. No interior ou no exterior, valorizam espaços. Algumas são mais coloridas e exuberantes. Outras ficam-se apenas pelo verde e pela simplicidade. Se gosta de apostar em variedades botânicas para dar mais vida ao seu lar, estas são apostas seguras.
Privilegie, na sua decoração natalícia, no interior e no exterior, plantas que brilhem nesta estação do ano. Há espécies que estão no seu auge no inverno, logo algumas delas são, desde sempre, símbolos do Natal. É o caso do pinheiro e do azevinho, que tem a sua apanha proibida em território nacional, mas também de outras que, pelas suas folhagens e/ou frutificações encarnadas. Estas e as variedades botânicas que se seguem são ideais para conferir um ambiente festivo e natalício, no interior de casa, no terraço ou no jardim.
1. Estrela-de-natal
Também é conhecida como poinsétia. O seu nome comum significa a mais bonita de todas as eufórbias. Apesar de as vermos em vasos pequenos são, na realidade, arbustos que, no exterior, podem atingir até dois metros de altura. A tradicional cor encarnada é dada pelas brácteas, a estrutura que envolve a flor. Não pelas flores, que são pequenas, brancas e discretas. Hoje em dia, já existem variedades de outras cores. Além das encarnadas, podem ser brancas, cor de rosa e bordô. As poinsétias preferem, por norma, zonas com muito sol.
Desenvolvem-se melhor em áreas protegidas do frio e do vento. Estas plantas preferem solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Devem ser fertilizadas e regadas regularmente e podadas quando terminar a floração, para garantir que no outono seguinte se irão desenvolver novas brácteas coloridas. Podem ser utilizadas como plantas de interior mas convém que estejam numa zona com muita luz natural e até com sol direto, embora afastadas de fontes de calor. No exterior devem estar protegidas do frio e do vento.
2. Selaginela
A Selaginela Kraussiana, como os cientistas a batizaram, é uma pequena herbácea perene que atinge, no máximo, 15 centímetros de altura. É oriunda dos Açores e das ilhas Canárias. Utilizada pela sua folhagem ornamental, é muito ramificada e tem a folhagem verde brilhante, havendo já variedades com diferentes tonalidades de verde, desde o verde limão ao verde escuro. No território continental de Portugal, é utilizada como planta de interior, pois, por norma, não resiste ao frio do inverno característico de muitas regiões do país.
Quando cultivada no exterior, a selaginela prefere zonas quentes, abrigadas do frio e do vento, com meia-sombra, para além de solos férteis e ricos em matéria orgânica. No momento de eleger a localização, tenha isso em conta. Esta variedade botânica necessita de regas regulares, que não devem ser descuradas. Em vasos e floreiras no interior de casa, é uma excelente opção para terrários fechados. Fica muito bonita em arranjos de Natal, sobretudo quando combinada com o azevinho, com o cotoneáster e/ou com a gaultéria.
3. Gaultéria
A gaultéria é um arbusto de folha persistente de crescimento lento. Atinge, por norma, os 60 centímetros de altura e as suas coloridas bagas, comestíveis e muito ornamentais, podem ser cor de rosa, brancas ou encarnadas. Esta planta gosta de zonas com o sol da manhã e com sombra à tarde. Tolera as baixas temperaturas, a neve e a geada. Prefere solos ligeiramente ácidos e ricos em matéria orgânica. É muito usada em bordaduras, vasos e floreiras. É uma excelente opção para arranjos de Natal, combinada com azevinhos e poinsétias.
4. Cotoneáster-das-pedras
Não são todos iguais. Muito pelo contrário. Há cotoneásteres de porte mais ereto e exemplares de pose mais prostrada, com as folhas maiores ou mais pequenas e com as bagas encarnadas ou cor de laranja. Da família das Rosaceae, podem facilmente atingir dois metros de altura ou de diâmetro, no caso dos que têm crescimento horizontal. Os cotoneásteres-das-pedras, uma das variedades que existem, têm uma floração muito aromática durante a primavera e uma frutificação exuberante no outono e no inverno.
Gostam de zonas com muito sol ou meia-sombra e preferem solos bem drenados, férteis e fartos em matéria orgânica. Os cotoneásteres-das-pedras podem ser podados logo a seguir à frutificação. Estes arbustos de folhas persistentes são muito utilizados em sebes, em taludes, em maciços arbustivos e ainda como revestimento do solo, no caso dos de crescimento horizontal. Por norma, desenvolvem-se muito bem em vasos e em floreiras, o que os torna numa opção decorativa. Ficam muito bonitos em jarras e em arranjos de Natal.
5. Nandina
É outra das plantas natalícias a ter em conta no momento de planear o seu jardim. Também conhecida como bambu-celeste, a nandina é um arbusto de porte médio, com cerca de um 1,5 metros de cumprimento. Oriunda da Ásia, onde é muito comum, tem uma folhagem muito ornamental que, no outono e no inverno, fica quase toda encarnada. Os rebentos novos tendem a ser alaranjados. Na primavera, fica coberta de flores brancas e, no outono e no inverno, as suas bagas encarnadas e brilhantes tornam-se muito ornamentais.
Muito resistente e versátil, o bambu-celeste não é uma das variedades botânicas mais exigentes. Esta planta desenvolve-se bem quer à sombra quer ao sol e, habitualmente, tolera sem problemas de maior o frio e a geada. Esta variedade botânica, bastante comum em Portugal, prefere solos férteis e ricos em matéria orgânica e resulta muito bem em pequenas sebes e maciços arbustivos. Também se dá bem em vasos e em floreiras. Combinada com cipreste e com azevinho, a nandina sobressai nos arranjos de Natal.
Comments