Não têm a unanimidade nem a procura dos tintos mas evoluíram de tal maneira nas últimas décadas que há cada vez mais consumidores a elegê-los. Como aperitivo ou a acompanhar peixes, moluscos e mariscos, algumas carnes e até sobremesas, são uma alternativa a ter sempre à mão para bebericar.
Com uma coloração que oscila entre o mais pálido amarelo esverdeado e o mais profundo dourado com laivos de âmbar, este vinho, que tem vindo a conquistar um número crescente de apreciadores, resulta da fermentação de uvas sem a pele. Na sua elaboração, pode ser utilizada uva branca e/ou tinta. Ideal para acompanhar peixes, moluscos e mariscos, são cada vez mais os enólogos e os chefs que o recomendam com inúmeros pratos de carne e até com algumas sobremesas. Os produtores também já olham para ele com outros olhos.
1. AdegaMãe Viosinho Branco 2019
Elaborado com Viosinho, uma das castas mais extraordinárias do terroir da AdegaMãe, no concelho Torres Vedras, une as notas de fruta desta uva à profunda mineralidade das parcelas mais calcárias onde as videiras que lhe deram origem foram plantadas. Com uma acidez muito viva e um final salino e profundo, este monocasta branco de um amarelo citrino, com notas florais de jasmim e fruta branca e uma acidez fresca e equilibrada com um corpo leve e um final untuoso, é perfeito com sushi, mariscos e peixes grelhados e assados.
2. Casa da Ínsua Branco 2022
Esta colheita da Casa da Ínsua, que obteve 91 pontos no reputado concurso internacional Catavinum World Wine & Spirits Competition 2023, é produzido com três castas, Encruzado, Malvasia-Fina e Sémillon. Com um aroma mineral e vegetal, uma grande complexidade estrutural e uma elevada persistência final, é um vinho de guarda, com potencial de evolução, já pronto a consumir. Muito gastronómico, harmoniza na perfeição com pratos elaborados com peixes gordos e com especialidades feitas com carnes brancas e vermelhas.
3. Monte Velho Branco 2022
Com um perfil equilibrado e gastronómico, seduz de imediato pelo aspeto cristalino e pela cor citrina. Antão Vaz, Arinto, Roupeiro e Gouveio são as quatro castas que estão na génese desta proposta vínica do Esporão. Com notas de fruta branca e citrinos, foi feito devagar, no Alentejo. Após a vindima mecânica, as uvas foram arrefecidas e prensadas a vácuo e o mosto decantado a frio. A fermentação teve lugar em cubas de inox, a temperaturas controladas, durante 15 dias. O resultado é um vinho fresco, equilibrado e (muito) elegante.
4. Clandestino Branco 2022
Muito equilibrado em boca, fresco e com uma acidez viva e persistente, este branco da Caminhos Cruzados foi produzido com uvas da Quinta da Teixuga, provenientes de duas parcelas de vinha com nove anos plantadas em solos graníticos entre os 400 e os 500 metros de altitude. Com um tom amarelo citrino, é expressivo nos aromas a maçã verde, abacaxi, manga e pêssego, exalando também notas florais. Pela sua frescura, deve ser servido com mariscos frios, pratos italianos com queijo, peixes grelhados e/ou frutos secos com mel.
5. Monsaraz Reserva Branco 2022
Antão Vaz, Verdelho e Viosinho foram as castas escolhidas por Rui Veladas e Tiago Garcia, os enólogos responsáveis por este branco alentejano da Carmim, marca da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Maridagem perfeita para peixes assados no forno, pratos de bacalhau, carnes brancas e alguns queijos e enchidos, esta colheita, que deve ser idealmente servida a uma temperatura entre os 10º C e os 12º C, tem aroma de frutos tropicais. Mineral, envolto em agradáveis notas vegetais, é fresco, estruturado e elegante.
6. Quinta do Cardo Grande Reserva Branco 2021
Produzidos num terroir granítico e elaborados com uma sabedoria vitivinícola quase centenária, os vinhos da Quinta do Cardo distinguem-se pela experiência sensorial que oferecem e pela identidade ímpar que exprimem. Com origem nas vinhas mais antigas da Síria, a uma altitude de 750 metros, as uvas deste foram colhidas à mão e prensadas em cacho inteiro, aproveitando apenas os primeiros apertos. Vinificado em barricas novas e usadas de carvalho francês, estagiou um ano em barrica sobre borras de fermentação.
7. 1808 Portugal Arinto & Viognier Branco Reserva 2017
Encorpado e persistente, com 75% de Arinto e 25% de Viognier, este vinho da Casca Wines, marca do enólogo e produtor vitivinícola Hélder Cunha, é um branco aromático, de um tom amarelo suave. Expressivo no nariz, destaca-se pela mineralidade, pela fruta branca e pelos frutos de caroço com notas de especiarias e frutos secos. O sabor citrino com um toque de fruta de caroço prolonga-se até ao final perseverante e elegante. Para além de pratos de salmão e robalo, também faz uma boa maridagem com carne de porco e carnes curadas.
8. Torre de Palma Arinto Alvarinho 2022
Este vinho de autor da Torre de Palma é elaborado com duas das mais icónicas castas lusas, com recurso a um sistema de produção sustentável. Este néctar cristalino com tons verdes e um aroma complexo e elegante com notas de maçã verde, lima e pedra molhada, tem um aroma cítrico. Seco e mineral, com uma excelente acidez, tem uma salinidade conferida pela proximidade com a serra de São Mamede. Fermentou seis meses em barricas de carvalho francês usadas. Harmoniza com carabineiros grelhados, ostras ao natural e caril de camarão.
9. Dona Vitória Coleção Privada Branco 2022
Esta nova colheira da Ravasqueira apresenta um blend de uvas que combina a casta tradicional alentejana Antão Vaz ao Arinto e ao Alvarinho, duas castas também elas muito apreciadas. Dessa mistura resulta um equilíbrio perfeito entre a acidez, a estrutura e untuosidade que, conjugada com um estágio de três meses em barricas, permite criar um branco de grande amplitude de prova, perfeito para iniciar um final de tarde em bom convívio e depois continuar pela mesa, noite adentro, com petiscos variados e gulosos.
10. OM Bone Dry Branco 2021
De aspeto brilhante e com uma cor citrina esverdeada de intensidade pálida, este vinho da Martin Boutique Wines, produzido na região da Bairrada, exala um aroma fresco, vibrante e delicado. Marcado por notas florais e cítricas, além de tenso e de uma acidez sensível, revela alguma mineralidade antes do final revigorante e agradável. Elaborado com 40% Arinto, 40% Bical e 20% Chardonnay, este blend de Pedro Martin, com enologia de João Soares, é um vinho seco cheio de frescura, para beber a uma temperatura entre os 10º C e os 12º C.
11. Pica-Pica Branco 2020
Com 50% de Encruzado e 50% de Malvasia Fina, tem enologia de Hugo Chaves e é um vinho leve e aprazível, de acidez equilibrada, com grande exuberância aromática. Exclusiva da região do Dão, a casta Encruzado confere aos vinhos uma grande longevidade. Esta proposta vínica da Quinta de Lemos não é exceção. A casta Malvasia confere-lhe uma exuberância aromática e maior fluidez. Produzido e fermentado em cubas de inox a 13º C, é feito com uvas de proteção integrada, provenientes de vinhas cultivadas sem herbicidas.
12. Quinta do Monte d'Oiro Arinto 2019
Foram apenas engarrafadas 800 garrafas deste branco da Quinta do Monte d'Oiro, um vinho biológico de edição limitada do produtor José Bento dos Santos. Com enologia de Graça Gonçalves, com o apoio técnico de Grégory Viennois, este néctar amarelo pálido com reflexos esverdeados exala um aroma a caruma e pinheiro, com notas iodadas e casca de laranja. Com uma frescura intensa no nariz, é incrivelmente jovem para um branco de 2019. Mineral, enérgico e complexo, tem um irresistível final salino induzido pela brisa marinha.
13. Lavradores de Feitoria Branco 2022
No concurso International Wine Challenge, obteve 91 pontos. Produzido com uvas de cotas mais altas, mantém um perfil de grande frescura e acidez. Com uma tonalidade entre a palha e o limão e um nariz muito fresco, este vinho da Lavradores de Feitoria é aromático e frutado. No olfato, revela logo notas de pera, alperce e ananás. Na boca, a entrada é fresca e frutada, com acidez, mineralidade e notas de alperce e citrinos maduros. É ideal para saladas, sopas frias, peixes magros, mariscos, carnes brancas e massas com molho branco.
14. Pessegueiro Colheita Branco 2022
Com um equilíbrio harmonioso entre a maturação e a acidez, este branco da Quinta do Pessegueiro, no coração do Vale do Douro, com enologia de João Nicolau de Almeida, surpreende desde logo pela tonalidade, pela estrutura crocante e pela acridez salivante deveras apetecível. Engarrafado após seis meses de estágio, é um vinho gastronómico que combina facilmente com qualquer tipo de refeição, desde as mais leves e apetecíveis no verão, como as saladas frias, até às compostas por pratos mais ricos, de peixe ou de carne.
15. Tapada de Coelheiros Branco 2020
A nova colheita branca da Tapada de Coelheiros continua a revelar frescura e boa textura de boca, mantendo a qualidade de sempre. Produzido a partir de duas castas autóctones, Arinto e Roupeiro, este vinho provém da Vinha da Sobreira, plantada numa zona de sequeiro, com solos graníticos e de baixa fertilidade, orientada de noroeste a sudoeste, a uma altitude de 300 metros. Para além da acidez vibrante, revela uma elevada estrutura e uma complexidade gulosa, transmitida pelas notas cítricas com um leve toque de fruta seca.
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